Trend Override Newsletter #92
Futuro da programação, dor de cabeça na Tesla e na Apple, o futuro sob os olhares da NVIDIA, o valor da LLM e muito mais.
Resumo do que estará por aqui hoje:
🧑💻To code or not to code? O futuro da programação na era da IA
🍏Apple (des)Intelligence: Um processo que foi além da decepção
🤖A revolução dos robôs: O que a NVIDIA quer nos dizer sobre o futuro.
👟Just… Todos querem o lugar do Google nas pesquisas
💵Crazy valuations: O que os números mostram para o futuro da IA
🚗Volta pra casa: Os cybertrucks estão dando mais problema.
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🧑💻To code or not to code?
Dando continuidade ao tema da semana passada, o boom do vibe coding vem trazendo diversas questões.
A principal delas é: Ainda faz sentido aprender a programar?
Assim como várias profissões, é claro que o programador também terá que se adaptar a era da IA.
Já estou vendo muito vários perfis de haters de IA mudar de lado. A mudança é inevitável!
Segundo o Google, a nova genialidade dos programadores estará no que eles chamaram do problema dos 70%.
Abby Osmani, líder de engenharia do Google, levantou uma questão provocativa:
Se a IA já está entre nós há algum tempo e os engenheiros que a utilizam dizem se sentir mais produtivos, por que o software que usamos no dia a dia não parece estar melhorando?
Para Osmani, o problema está no que ele chama de "o muro dos 70%".
A IA já tem acelerado a criação de MVPs e protótipos. No entanto, muitos desenvolvedores iniciantes, ou pessoas que programam sem um objetivo claro, acabam esbarrando no mesmo limite: conseguem chegar até 70% de um produto funcional, mas não conseguem ultrapassar essa barreira.
Os 30% restantes são justamente o que a IA ainda não é capaz de entregar, mas um bom engenheiro de software é. E são esses 30% que tornam um produto verdadeiramente diferente e valioso.
E, neste campo, a tecnologia que está mudando tudo é a MCP.
O MCP abre o caminho para ferramentas de IA usarem ferramentas externas.
Por exemplo, chatbots, agentes e geradores de código, etc que precisem se comunicar com sistemas externos agora podem.
No mundo pré-MCP, era necessário escrever código para conectar a ferramenta de IA ao sistema externo via alguma API.
Agora, tudo pode ser feito sem essa necessidade, e usando quase qualquer modelo de IA, visto que todas empresas estão se adaptando a isso!
Outro problema que levantei na última edição é o de segurança dos códigos gerados por IA. Trouxe aqui mais alguns relatos de pessoas que criaram sistemas e
Esse aqui é de arrepiar qualquer programador. Continuo apostando na combinação de habilidades de programação com IA para o futuro.
🍏Apple (des)Intelligence
Um curioso processo movido contra a Apple alega que a empresa fez uma propaganda enganosa sobre os recursos do Apple Intelligence no iPhone 16, mesmo sabendo que não conseguiria entregá-los.
A ação afirma que o marketing da Apple criou expectativas irreais nos consumidores antes do lançamento do aparelho, previsto para setembro.
Isso veio a público poucas semanas após a empresa admitir que precisaria de mais tempo para lançar mais partes do Apple Intelligence.
Lembram da apresentação do Apple Intelligence? Ela foi no dia 10 de Junho de 2024.
Honestamente, não sei qual parte eles consideram ter lançado com sucesso, esse projeto do início até hoje é um grande fiasco.
“...Prevemos lançá-los ao longo do próximo ano”, disse a Apple ao site Daring Fireball no início deste mês.
Segundo a Apple, estes recursos adiados incluem uma tão sonhada Siri mais personalizada, capaz de executar ações entre aplicativos e responder a perguntas com base nas informações armazenadas no dispositivo do usuário.
Após admitir o atraso no início do mês, a Apple adicionou um aviso em seu site na semana passada e nomeou um novo líder para a equipe do Apple Intelligence nesta semana.
Os autores do processo pediram que o caso seja considerado uma ação coletiva. Entre outras medidas, eles solicitaram compensação financeira para todos que compraram celulares com Apple Intelligence.
🤖A revolução dos robôs
Quando a NVIDIA fala, todos param e escutam.
A grande responsável por todo poder computacional por trás do desenvolvimento da inteligência artificial fez um show apoteótico para apresentar o que está planejando para o futuro da tecnologia.
Um pequeno resumo do que eles apresentaram:
Uma nova arquitetura para enormes data centers de IA (agora chamados de “fábricas de IA”).
Um mecanismo de física para treinamento de robôs desenvolvido em parceria com a Disney e a DeepMind.
Uma colaboração com a GM para desenvolver veículos, fábricas e robôs de próxima geração.
Um novo chip Blackwell com o software “Dynamo”, que torna o raciocínio da IA 40 vezes mais rápido do que nas gerações anteriores.
Um novo chip “Rubin” previsto para 2026 e um chip “Feynman” programado para 2028.
O que parece pouco, na verdade não é. A NVIDIA mostrou que está construindo uma verdadeira torre tecnológica de IA, dos chips aos sistemas operacionais.
É provável que, em menos de 10 anos, empresas ao redor de todo mundo estejam rodando modelos de IA com tecnologia NVIDIA em hardwares da NVIDIA e treinando robôs com tecnologia NVIDIA usando ferramentas de simulação da própria NVIDIA.
Isso é gigantesco!
E vamos muito além quando o assunto é perspectiva de futuro.
O que foi chamado a revolução dos robôs é a grande aposta de bilhões de dólares da empresa para que seus trabalhadores robôs tomem conta de mais de 50 milhões de empregos que hoje são realizados por humanos.
Enquanto esse dia não chega, o que entrou em todas wishlists dos geeks foram esses simpáticos robozinhos que eles apresentaram!
👟Just…
Com o slogan Just do it a Nike vendeu milhares de tênis e roupas.
Depois disso, diversas empresas começaram a se apoderar do Just para verbalizar certas expressões.
Na edição passada falamos do novo “verbo” que Elon Musk vem tentando emplacar, o Just Grok it.
A verdade é que aqui todos estão tentando ainda tomar um espaço que hoje é do Google, quando tratamos de buscar qualquer coisa online.
Nesta semana quem também tentou buscar seu lugar ao sol nessa brincadeira foram os criativos da Perplexity. Em um vídeo divulgado pela empresa, o termo Just Plex It vem tentar popularizar ainda mais a ferramenta.
A empresa, inclusive, está a pleno vapor nos lançamentos.
Eles estão trabalhando em uma nova versão do Deep Research, que deverá sair essa semana, focada em apresentações ultra detalhadas. Esse é um exemplo que eles postaram no X do modelo respondendo a uma pergunta de como a AWS, da Amazon, poderia chegar a um valor de mercado de 10 trilhões de dólares:
Outra coisa legal que eles lançaram nos últimos dias foi um perfil interno no X para que você pergunte a opinião dele em qualquer post. Similar ao Meta AI do whatsapp, basta você digitar @AskPerplexity e perguntar o que quiser em qualquer post do X!
💵Crazy valuations
O braço de inteligência artificial de Elon Musk, xAI, é a mais nova entrante do fundo de 30 bilhões de dólares para financiar infraestrutura em IA, com a NVIDIA, Microsoft e Blackrock.
Esse seleto grupo está construindo os data centers e soluções energéticas necessários para sustentar a IA em escalas ainda maiores.
E agora Musk se posiciona no centro dessa iniciativa.
Esse é um posicionamento estratégico importante para a empresa. Conhecendo bem o perfil de Musk, entendo que essa participação é estratégica.
E isso vem em um momento importante para o valuation das empresas.
As últimas rodadas de captação estão trazendo números impressionantes.
Essa semana foi ventilado que a OpenAI está para fazer um novo round de captação em um crazy valuation de 340 bilhões de dólares.
xAI de Musk já vale 50 bilhões de dólares.
Perplexity ainda está com um tímido valuation de 9 bilhões de dólares.
Anthropic está se preparando para chegar aos 60 bilhões de valuation.
E isso, para mim, levanta uma questão que deveria ser a principal.
Com os modelos de LLM cada vez mais se tornando “commodities” aonde está o verdadeiro valor de cada uma delas?
Mais que isso, essas rodadas novas serão fundamentais para a evolução dos modelos, novas tecnologias, e tudo mais.
🚗Volta pra casa
A Tesla anunciou nesta quinta-feira que fará o recall de quase todas as Cybertrucks que produziu para consertar um painel de acabamento em aço inoxidável que, segundo a montadora, pode se soltar do veículo enquanto estiver em movimento.
Este é o oitavo recall da distinta picape totalmente elétrica, que chegou às estradas dos EUA há pouco mais de dois anos.
Diferentemente de muitos outros recalls relacionados à Tesla, este não pode ser resolvido por meio de uma atualização de software remota — o veículo precisa ser levado a um centro de serviço para o reparo. O recall afeta mais de 46.000 Cybertrucks fabricadas entre novembro de 2023 e o final de fevereiro de 2025.
O problema está relacionado a um aplique estético na parte externa do veículo, que é colado ao restante da caminhonete com um tipo de adesivo, de acordo com um documento publicado pela Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Rodovias (NHTSA), órgão regulador de segurança viária dos EUA. Nas Cybertrucks afetadas, esse adesivo pode se soltar, criando um possível “risco na estrada” para outros motoristas e aumentando o risco de acidentes.
Infelizmente hoje a sessão entretenimento ficará vazia, essa caixinha da vida anda complicada, digamos assim!
Semana que vem voltamos com mais!
Bom domingo para todos!
Muito bom!
Sensacional