Trend Override Newsletter #62
A briga entre Elon e o Brasil esquentou! Novidades de geração de imagens por IA que prometem mudar o e-commerce no mundo. Um novo conceito de prisão e muito mais!
Resumo do que estará por aqui hoje:
🤯Elon Musk x Brasil: A briga entre Elon e o Brasil esquentou
📷FLUX: Muitas aplicações de imagens geradas por IA
👮♂️Prisão Digital: Parece filme, mas é um novo conceito de prisão
💻Startups em alta: Empresas que valem a pena olhar!
Se é sua primeira vez aqui, seja bem-vindo e não esqueça de se inscrever! É de graça, simples e muito rápido!
Se você curte Trend Override e está sempre por aqui, não deixe de compartilhar com quem você gosta!
🤯Elon Musk x Brasil
Mais um episódio quente da briga entre Elon Musk e a suprema corte brasileira. Entre uma série de farpas e acusações, Musk vem sendo bem vocal na sua rede social sobre a censura imposta por Alexandre de Moraes a perfis no X.
Tivemos essa semana diversos áudios e prints vazados que mostram a manipulação de provas por conta da equipe de Moraes
Diálogos em que o ministro teria solicitado informações de maneira extraoficial à Justiça Eleitoral para embasar decisões no inquérito das fake news foram divulgados por toda a internet. Esses vazamentos geraram comparações com a *Vaza Jato*, uma série de revelações sobre a Operação Lava Jato.
Um dos pontos centrais das revelações é que o gabinete de Moraes teria requisitado relatórios da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE em pelo menos 20 casos, sem registros formais. Em um exemplo, o juiz Airton Vieira, assessor de Moraes, teria pedido a alteração de um relatório, o que levanta questões sobre a legalidade das ações de Moraes. Mesmo assim, muitos especialistas defendem que, como presidente do TSE, Moraes tinha autoridade para tais ações dentro do escopo de seu cargo.
Cerca de 40 funcionários do X no Brasil foram surpreendidos por uma reunião de emergência online. O convite para a reunião, enviado de madrugada, resultou na demissão daqueles que conseguiram participar.
Com isso, o escritório da rede social no Brasil, que já estava sem uma sede oficial há quase dois anos, encerrou definitivamente suas atividades.
Horas depois, Elon Musk, dono da rede social, usou seu perfil no X para comentar o fechamento do escritório brasileiro, atribuindo a decisão às "exigências de censura" feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
"A decisão de fechar o escritório X no Brasil foi difícil, mas, se tivéssemos concordado com as exigências de censura secreta (ilegal) e entrega de informações privadas de @alexandre, não haveria como justificar nossas ações sem constrangimento".
O perfil oficial do X dedicado às relações governamentais também confirmou o fim das operações no Brasil e publicou um despacho confidencial do ministro Moraes direcionado à empresa.
De acordo com a nota, o ministro teria ameaçado prender o representante legal da empresa na noite de sexta-feira caso as ordens judiciais não fossem cumpridas, classificadas como "censura". “Ele fez isso em uma ordem secreta, que agora compartilhamos para expor suas ações”, afirmou a nota.
No dia 8 de agosto, Moraes havia determinado o bloqueio de sete perfis de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro na rede social, incluindo o do senador Marcos do Val (Podemos-ES). O X, no entanto, não cumpriu a ordem e divulgou uma nota classificando a decisão como censura.
Musk x Moraes
A tensão entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes vem crescendo nos últimos meses. Em abril, um conjunto de trocas de e-mails de funcionários do Twitter sobre decisões judiciais brasileiras entre 2020 e 2022 foi divulgado.
Esses documentos, revelados pelo jornalista americano Michael Shellenberguer, ficaram conhecidos como "Twitter Files Brazil".
Na época, Musk iniciou uma ofensiva pública contra Moraes, acusando-o de censura e ameaçando desobedecer ordens judiciais.
Como resposta, Moraes incluiu Musk no inquérito das milícias digitais e abriu uma nova investigação para apurar se o empresário cometeu crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.
“Redes sociais não são uma terra sem lei; não são terra de ninguém”, ressaltou Moraes em uma decisão que veio após publicações de Musk no X que, segundo o ministro, promoviam uma “campanha de desinformação” e instigavam “desobediência e obstrução à Justiça”.
Além disso, Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil para cada perfil desbloqueado pela rede social em desacordo com decisões do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na ocasião, Musk chamou Moraes de "ditador brutal" e disse que o ministro tem o presidente Lula “na coleira”.
Desde 2019, diversos perfis foram suspensos ou tiveram sua suspensão decretada no antigo Twitter, como parte do inquérito das fake news, instaurado para investigar ataques e notícias falsas contra membros do STF. Moraes assumiu a relatoria do caso em 2020, quando tomou posse como ministro do Supremo.
📷FLUX
Uma das tecnologias mais impressionantes dos últimos anos se chama Flux e os exemplos produzidos por ela são definitivamente impressionantes.
A geração de imagens e vídeos a partir de prompts está crescendo em uma velocidade assustadora, e já mostra aplicações em diferentes setores da economia.
Além de imagens como essa, tivemos nas olimpíadas o primeiro comercial gerado 100% por IA:
Além disso, imagens geradas por IA trazem uma aplicação chamada virtual try-on, que deve impulsionar o comercio de roupas online para os próximos anos.
👮♂️Prisão Digital
Cognify, a prisão do futuro: um conceito de Hashem Al-Ghaili
No que mais parece uma continuação de Minority Report, esse conceito visualiza um futuro sistema prisional onde memórias sintéticas geradas por IA dos crimes, vistas da perspectiva da vítima, são implantadas nos cérebros dos prisioneiros, resultando em alguns minutos de reabilitação que parecem anos, com o objetivo de substituir o encarceramento de longo prazo.
Bilhões para poucos
Não é só as vendas de iPhones que estão tirando o sono dos executivos da Apple.
Apesar de seu investimento substancial de mais de 20 bilhões de dólares em conteúdo original, a Apple TV+ capturou apenas 0,2% do tempo de visualização de TV nos Estados Unidos.
Esse número revela a dificuldade do serviço em ganhar espaço em um cenário competitivo de streaming, ainda dominado pelo Netflix.
Com o aumento do consumo de mídias de curta duração, o tempo de tela das pessoas, especialmente da geração Z, acabam ficando muito focados em TikTok, Instagram, YouTube, dentre outros. O que torna o cenário ainda mais desafiador, visto que os conteúdos originais produzidos pela Apple são de altíssimo custo.
Para enfrentar esse desafio, a Apple começou a reavaliar sua estratégia de gastos em Hollywood, visando reduzir os altos custos associados às suas produções. Essa mudança inclui controles orçamentários mais rígidos e cancelamentos mais rápidos de programas com baixo desempenho.
💻Startups em alta
Mesmo com o cenário desafiador para startups pelo mundo, duas empresas muito bacanas ganharam os holofotes essa semana.
Character.AI
O Google fez uma aquisição silenciosa, mas significativa: comprou a Character.AI, uma empresa de inteligência artificial avaliada em US$ 1 bilhão. O mais interessante é que um dos cofundadores é o brasileiro Daniel de Freitas.
A Character.AI, fundada por Daniel e seu sócio americano, é reconhecida como uma das empresas de IA mais avançadas do mundo. No ano anterior, eles haviam captado US$ 150 milhões.
A transação foi estruturada de forma peculiar: o Google contratou Daniel, Noam (seu sócio) e diversos outros funcionários da Character.AI. Além disso, a gigante de tecnologia pagará uma licença para usar a tecnologia da startup.
Esta operação é conhecida como "acqui-hire" e será finalizada em etapas. Essa estratégia visa evitar preocupações antitruste dos órgãos reguladores, que poderiam ver a aquisição completa como formação de monopólio tecnológico.
Esta movimentação evidencia que o Google continua empenhado em buscar as melhores ferramentas e plataformas de IA para manter sua competitividade nesta que é considerada a maior revolução tecnológica dos últimos 100 anos.
Flo Health
A Flo Health, uma femtech sediada em Londres, anunciou uma captação de US$ 200 milhões em uma rodada Série C liderada pela General Atlantic. Com isso, a empresa alcançou uma avaliação superior a US$ 1 bilhão, tornando-se o primeiro aplicativo puramente digital de saúde feminina a se tornar um unicórnio. A GP Bullhound atuou como assessora na transação, e dois executivos da General Atlantic se juntarão ao conselho da Flo.
A Flo Health oferece serviços como calendário menstrual e calculadora de ovulação, com presença global, incluindo o Brasil. Os novos recursos serão direcionados para expandir áreas como perimenopausa e menopausa, além de aprimorar insights de saúde baseados em tecnologia.
A empresa destaca o crescimento do mercado de femtechs, projetado para atingir US$ 60 bilhões até 2027. Em junho de 2024, a Flo contava com quase 70 milhões de usuários ativos mensais e cerca de 5 milhões de assinantes pagos, com previsão de faturamento bruto superior a US$ 200 milhões em 2024, um aumento de 50% em relação ao ano anterior.
Anna Klepchukova, diretora médica da Flo Health, ressalta a missão da empresa em revolucionar a saúde feminina, atuando como ferramenta de cuidados preventivos e educação em saúde. O CEO Dmitry Gurski enfatiza o programa social global da empresa, que oferece acesso gratuito ao Flo Premium em 66 países, beneficiando quase 12 milhões de mulheres.
Em um cenário em que o valor estará no dado, essas empresas tem tudo para se destacar cada vez mais.
Fico por aqui, bom domingo para todos!