Trend Override Newsletter #52
As lojas estão indo para o mundo real e os médicos para o mundo digital. A fortuna por trás dos anúncios, novidades do mundo da sétima arte e muito mais!!
Resumo do que estará por aqui hoje:
🖥️Minority Report
🏪The Future is Physical?
📖Ads, Ads and Ads
🍿Hollywood 1 x 1 IA
🏥O HospItAl vem aí
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🖥️Minority Report
Como postei ontem na minha conta do Instagram (se você não me segue por lá, clica aqui), e trouxe aqui em outras edições, a busca por novos dispositivos que ganhem tempo de tela do celular continua. Desde 2007, no lançamento do primeiro iPhone, os nerds de plantão aguardam ansiosamente algo novo para se viciar.
A dura realidade é que nenhuma dessas iniciativas ainda vingou de fato. A que parece ter dado mais certo ainda é o Meta Quest, óculos de VR da Meta que tem um preço mais acessível e mais aplicações que as demais.
Tecnicamente, algumas coisas precisam ser feitas para que essas tecnologias peguem tração. A mais importante delas é que todos vendors de softwares compre a briga. Parar uma equipe inteira de desenvolvimento para adaptar programas para estes dispositivos é custoso. E, enquanto não temos um cheiro melhor de que alguma delas irá vingar, os fabricantes estão no modo on hold.
O próprio Apple Vision Pro está parado na prateleira de muita gente pegando poeira. Seu alto custo e baixa tiragem não animou muito os desenvolvedores de criar aplicações para ele. O que dita o mercado hoje é a base e fidelização de usuários. Essa é a força do iPhone (diria que, na verdade, da Apple) e que é tão difícil de ser replicada.
E apostando nisso, mais uma empresa veio com uma nova solução, prometendo aumentar a produtividade dos seus usuários, diminuindo a necessidade de carregar tanta tralha para usar um computador fora de casa.
Chamado de ‘AR laptop for work’, o Sightful Spacetop G1 usa óculos conectados que projetam uma tela de 100 polegadas, que pode ser usada tanto para abrir um único monitor, quanto para dividir em vários espaços de trabalho.
Dado que todos os óculos de VR do mercado já fazem isso, você embarcaria nessa?
🏪The Future is Physical?
Em vários segmentos, enquanto vemos muita gente indo pro digital, vemos também o movimento contrário. No passado recente, tivemos algumas iniciativas inusitadas nesse sentido. A XP anunciou que abriria escritórios similares as agências de bancos. A gigante de tecnologia Kabum abriu um espaço enorme em São Paulo. Rotos novos do cenário fashion como Haight, Misci, Aluf, Deus, dentre outras, que já são queridinhas do público online, também vem investindo em ter seus espaços, uma tendência que vem crescento forte desde 2021.
E outras apostas nesse sentido ganharam as manchetes essa semana.
A primeira foi a brasileira Cacau Show. A marca está investindo no conceito de Machine Shows, máquinas de venda de chocolates que serão colocadas em aeroportos, supermercados, condomínios, entre outros.
Ainda em 2024, a marca planeja instalar 150 novas máquinas, e os atuais franqueados serão responsáveis pela operação delas. Conforme as previsões da Cacau Show, as margens de lucro das Machines Shows deverão superar as das lojas tradicionais.
Inicialmente, as máquinas oferecerão trufas, tabletes, biscoitos e marshmallows. Além disso, estão sendo realizados estudos para incluir ovos de Páscoa no sortimento das máquinas.
Outra declaração que reverberou bastante na semana, foi feita por Jensen Huang (que roubou a cena promovendo autógrafos ao estilo Axl Rose), CEO da Nvidia, que anunciou a "próxima onda" da IA durante o COMPUTEX, uma feira anual de tecnologia em Taiwan. Segundo ele, o futuro da tecnologia está na "IA física", que compreende as leis da física e pode executar tarefas complexas autonomamente no mundo real. A plataforma de desenvolvimento de robôs Isaac AI da Nvidia já está sendo usada para aumentar a eficiência em fábricas e armazéns, melhorando a produção de máquinas autônomas e robôs, como braços industriais e humanoides. Huang destacou que a robótica já é uma realidade e que não é ficção científica, sendo amplamente utilizada em Taiwan. Além disso, anunciou planos para novos chips de IA, incluindo a plataforma Rubin que será lançada em 2026, após o sucesso do lançamento da plataforma Blackwell.
Vale lembrar que, desde 2023, Musk já vem desenvolvendo e utilizando seus próprios robôs humanóides nas fábricas da Tesla, muito focado em tarefas que apresentam alto risco para os funcionários.
📖Ads, Ads and Ads
Está todo mundo de olho na receita gerada por anúncios na internet.
O Google sempre nadou de braçada nesse segmento. Essa é a quebra de receita da empresa, onde trimestre após trimestre, vemos a receita de anúncios crescendo com consistência:
Revenue by segment (growth Y/Y):
🔎 Advertising: $61.7 billion (+13%).
Search: $46.2 billion (+14%).
YouTube ads: $8.1 billion (+21%).
Network: $7.4 billion (-1%).
E quem está de olho nesse bolso é a Meta, que também vem crescendo ano após ano sua receita com anúncios. E quem está ficando cansado de pular uma propaganda a cada três stories, pode se preparar, que a vida parece que vai ficar pior.
Equipes de engenharia do Instagram revelaram que, dentre diversas funcionalidades que vem testando, uma delas é o anúncio “unskippable”.
“Estamos sempre testando formatos que possam gerar valor para os anunciantes. À medida que testamos e aprendemos, forneceremos atualizações caso este teste resulte em quaisquer mudanças formais no produto.”
Os principais serviços de streaming também estão de olho em aumentar essa linha nos seus balanços. Praticamente todos hoje oferecem uma assinatura mais barata, com anúncios. Eu testei a da Netflix, confesso que achei bem tranquilo por enquanto e acho que vale a economia. Em geral, um filme de 2 horas de duração tem 3 a 4 anúncios de 2 minutos.
🍿Hollywood 1 x 1 IA
As produções de Hollywood fizeram um gol nessa semana no campeonato contra os vídeos gerados por IA.
Um vídeo dos bastidores de uma cena estrelando o ator Will Smith impressionaram o público pela engenharia necessária para filmá-la.
Mas os vídeos gerados por inteligência artificial também fizeram um gol. Uma tecnologia chinesa chamada Kling foi divulgada essa semana e os resultados, segundo as fontes que li, supera o modelo SORA da OpenAI.
Independente da tela utilizada para consumo de mídia, a internet virou um grande centro de entretenimento e, independente de ser gerado por pessoas ou máquinas, todo mundo está buscando formas novas de produzir este tipo de conteúdo. Rankings como este ainda são comuns de se achar na internet:
Mas a forma de consumo de conteúdo de entretenimento na internet está mudando.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostra que as gerações mais jovens (Gen Z - 57%, Millennials - 62%) têm uma probabilidade maior de cancelar assinaturas de streaming de vídeo do que as gerações mais velhas (Gen X - 43%, Boomers e mais velhos - 24%).
No entanto, as gerações mais jovens (Gen Z - 38%, Millennials - 43%) também têm uma probabilidade maior de mudar de ideia e renovar uma assinatura recentemente cancelada do que as gerações mais velhas (Gen X - 20%, Boomers e mais velhos - 7%).
Nesse meio tempo, essa geração consome mais TikTok, Instagram, Twitter e outros. Em breve vamos ver estes rankings contemplando todas as plataformas, e não somente as de Streaming. Já temos hoje longas transmissões sendo realizadas no X, por exemplo, inclusive com a possibilidade de serem assistidas pela televisão. O tempo de tela dedicado a entretenimento já nao é mais exclusividade dos canais de Streaming tradicionais, e quem ainda está olhando dessa forma está ficando para trás!
🏥O HospItAl vem aí
Criado por pesquisadores da Universidade Tsinghua, em Pequim, o hospital de IA prevê iniciar suas operações já no segundo semestre de 2024.
Este hospital avançado permitirá que médicos de IA tratem até 10.000 pacientes em apenas alguns dias, um feito que levaria cerca de dois anos para ser realizado por médicos humanos, para colocar em perspectiva.
Pesquisas conduzidas por cientistas chineses demonstraram que os médicos virtuais apresentam uma taxa de precisão de 93,06% nas perguntas do Exame de Licenciamento Médico dos EUA, segundo o conjunto de dados MedQA.
Os médicos virtuais abordam principalmente doenças respiratórias, realizando todo o processo de cuidado médico — desde a consulta até o acompanhamento pós-tratamento. O ambiente virtual é composto por médicos, enfermeiros e pacientes, todos operados por inteligências artificiais avançadas.
A equipe é formada por 14 médicos, responsáveis por diagnosticar enfermidades e elaborar planos de tratamento, e quatro enfermeiras dedicadas ao suporte diário.
E você, teria coragem de ser atendido por um médico “artificial”?
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