Trend Override Newsletter #33
Resumão das trends de 2024! Tudo que você precisa saber do ano que começou!
Primeira newsletter oficial do ano será em um formato um pouco diferente, vou trazer um pouco do que eu acredito que temos que ficar de olho em 2024.
Então se inscreve aí, lê e compartilha com quem não pode perder essa!
Atenção: Os temas não estão em ordem de importância!
🕶️Apple Vision Pro & novos lançamentos
❌A patente que pode mudar o jogo dos smartwatches
📵O novo telefone celular
🥇Meta na liderança de novo
🚗Carros Elétricos
🏎️Consumo de esportes no mundo digital e a aula da Fórmula 1
🤖Multimodal AI
🏳️Índia x China
🛜Futuro do Twitter
🗝️Eleição Americana
📺A guerra dos Streamings
🕺TikTok boom
Apple Vision Pro
Rumores já apontam que a Apple vai antecipar o lançamento do seu novo óculos. Lembrando que, após o produto ser “lançado” ao público ano passado, o mesmo somente é entregue a desenvolvedores para que ele venha as lojas já com diversas aplicações lançadas. Por enquanto a única certeza que temos é que o produto é bem caro, mesmo para os padrões da Apple.
O vídeo demonstrativo feito pela Apple já sugere alguns usos que ele terá, como multiplicar sua área de trabalho, assistir filmes, jogar, etc.. Mas espero ver muito mais que isso. Transmissões de jogos imersivas, shows, lutas, dentre outros, acho que serão uma realidade em pouco tempo. Imagino que ele vá ser explorado também para projetos onde ter uma visão espacial seja necessário, como design, arquitetura, construção civil e automobilística.
Serão disponibilizados inicialmente 400,000 unidades e deverão chegar as lojas no primeiro semestre de 2024.
More Apple
Nem só de Vision Pro vai viver a Apple em 2024. O que mais esperamos ver por aí:
iPhone 16
Enhanced isso, enhanced aquilo e os rumores sugerem que, novamente, nada muito novo virá com o iPhone 16. Teremos um chip mais veloz (confesso que esse foi um dos pontos que mais me decepcionou no iPhone 15), melhorias no chip 5G da Qualcomm, Wi-Fi 7 (2.4x mais rápida que a anterior), dentre outras. Devido ao sucesso do zoom ótico da câmera do 15 Pro Max, a Apple deve investir em uma câmera com super zoom para o iPhone 16.
iPad
Silenciosamente, a Apple não lançou nenhum modelo novo de iPad em 2023. Isso sugere que em 2024 teremos novas versões dele nas lojas. Na minha visão, a falta de novos iPads mostra também que o device já está chegando em um platô de desenvolvimento. Posso estar enganado, mas vejo pouco avanço aqui no modelo a ser lançado esse ano.
AirPods
Novos fones devem chegar no segundo semestre. Para os AirPods convencionais e Pro espero apenas upgrades de tecnologia. Já o Max, que não vê uma atualização desde o seu lançamento, deve ganhar USB-C e, se deus quiser, uma nova case!
Apple watch war
Coloquei o Apple watch em um tópico separado, pois temos mais a falar dele. Quem estava de férias no final do ano talvez tenha perdido a notícia que a Apple foi obrigada a retirar de circulação os modelos 9 e Ultra 2, recém lançados em 2023, do seu smartwatch. Tudo por conta de uma patente envolvendo o sensor que mede a oxigenação do sangue. Essa patente pertencia a uma empresa chamada Masimo, que a Apple tentou comprar algumas vezes e, ao falhar na missão, contratou diversos de seus engenheiros para desenvolver internamente este e outros sensores do Apple Watch.
Na decisão, a ITC (comissão internacional do comércio), proíbe a importação deste e de todos os modelos que possuem este sensor (Series 6, 7, 8 e Ultra).
A decisão afeta também a manutenção dos relógios. A Apple agora só pode dar manutenção a problemas relacionados a software.
A Apple conseguiu a suspensão temporária da proibição enquanto propõe mudanças para resolver a questão de patentes e aguarda a decisão final do tribunal.
O que foi um duro golpe para Apple acabou sendo uma ótima notícia para Garmin. A fabricante focada em relógios para exercício vem tentando entrar no mundo dos monitores com mais funções Smart. Seus modelos mais novos como Venu 3 trazem tela touch, mais funções de conectividade com o celular, mais cores e menos peso.
A verdade é que a Garmin não inventa nada tem bastante tempo. Quem é usuário da marca há mais tempo sabe que eles estão parados no tempo há anos. As ações que vinham sofrendo deram um respiro e alguns investidores se mostraram mais animados com o futuro da empresa. Caso a decisão americana não seja favorável a Apple, a Garmin tem muito espaço a ganhar.
Lembrando que o Ultra foi o lançamento da Apple para começar a concorrer diretamente com a Garmin, visto que os modelos anteriores são bem discriminados no universo esportivo.
O que se espera do Apple Watch 10, além de não ser banido nos Estados Unidos, é cada vez mais acurácia na parte de saúde, principalmente quando falamos em prática de exercícios. Alguns rumores apontam uma possível mudança no formato. Engraçado é que a Garmin recentemente apostou em um relógio quadrado para tentar roubar também um pouco do público do Apple Watch, vai ser interessante ver o posicionamento de cada uma das empresas frente ao desenrolar deste processo.
Find my new phone
A busca pelo “novo telefone celular” promete ser acirrada em 2024. Ano passado tivemos lançamentos interessantes, como o AI Pin que falamos aqui em uma edição passada, que promete mudar a forma com o que interagimos com o mundo digital.
Esse ano a guerra continua. Com o lançamento do Vision Pro e do novo Smart Glass da Meta feito em parceria com a Ray-Ban, novas formas de interação vão ser testadas. De olho nessas tecnologias estamos vendo dois movimentos acontecendo.
De um lado, temos times de engenheiros das big techs saindo em busca de criar sua nova tecnologia (a exemplo do AI Pin). De outro, as big techs voltando às compras, buscando empresas pequenas e focadas em nichos específicos.
O que estamos procurando é um novo smartphone que traga algo verdadeiramente diferente. A frustração que temos a cada lançamento de iPhone, Galaxy ou qualquer outro aparelho é grande. Nada de realmente novo tem sido mostrado. E isso é o que tira o sono hoje dos times de engenharia por aí.
Bet on Zuck
A Meta tem mostrado que sabe inventar e, principalmente, reinventar.
Zuck investiu mais de 46 bilhões de dólares no Metaverso desde 2019. Esse seria, somente o dinheiro do Reality Labs, comparado com o valor de outras empresas presentes no Fortune 100 Companies:
A empresa mudou o tom. Não deixou de continuar investindo no Reality Labs mas voltou a dar mais foco em outras áreas. Um exemplo disso foi o lançamento no ano passado do óculos em parceria com a Ray-Ban.
A aposta em ter algo smart, mas sem deixar de lado a estética está agradando às pessoas. Com uma vida de bateria bem decente e um case que funciona como os de fone de ouvido (que carrega o device), é possível passar o dia inteiro usando suas funções sem precisar carregar o óculos. Por possuir também caixas de som nas hastes, é possível tirar dúvidas rápidas interagindo via fala, perguntar sobre o que está vendo, dentre outras. Isso é bem legal e já tem muitos usos, principalmente em viagens quando se está perdido a todo tempo.
Outra coisa que agradou foi o preço. Começando em USD 299, ele acaba sendo apenas cento e poucos dólares a mais que o Wayfarer tradicional.
A Meta tem uma prateleira de produtos pronta para 2024. Sempre temos que lembrar que, fidelização de usuários é um ativo importante quando se fala em novas tecnologias. O que ainda tira o sono do Zuck é a baixa popularidade do WhatsApp nos Estados Unidos, onde o SMS ainda é muito utilizado. A Aposta da Meta é que, trazendo mais funções para a plataforma, se torne inevitável a migração.
Falando em WhatsApp, o potencial de uso da plataforma na sua versão Business, vem animando bastante a empresa. Isso combinado com a maior penetração da plataforma nos Estados Unidos podem trazer um crescimento inesperado para a Meta em 2024!
Carros Elétricos
2023 foi o ano dos carros elétricos. Similar a corrida da IA, esse segmento também vem mostrando uma guerra dentro e fora das pistas.
O lançamento do Cybertruck foi notícia no mundo todo. Dividindo opiniões sobre seu design, a sua construção, por outro lado, foi elogiada por todos.
Mas teve gente que roubou a cena do Elon Musk no final do ano.
A chinesa BYD bateu a Tesla em venda de carros novamente em 2023 por 3 milhões de unidades. A Tesla produziu 1,84 milhões de carros em 2023, enquanto a BYD fabricou 1,6 milhões de carros elétricos e 1,4 milhões de híbridos. A empresa vem imprimindo um crescimento forte mundo afora. Com um design que caiu nas graças do Ocidente, uma tecnologia de ponta (copiada dos melhores) e um grande investimento em Marketing, hoje já vemos diariamente exemplares circulando por aqui.
A BYD também está expandindo para mercados fora da China, especialmente a Europa, com vendas no exterior superando 242.000 veículos em 2023. A maior parte dos carros da BYD é vendida em uma faixa de preço inferior à da Tesla. Apesar de superar a marca de 3 milhões, as vendas anuais da BYD ficaram ligeiramente abaixo das expectativas da CLSA de 3,05 milhões de veículos. A empresa parou de produzir carros puramente a gasolina e a diesel em março de 2022.
Eles lançaram o sedan elétrico BYD Seal na Europa com preço inicial de 44.900 euros.
Competição é a palavra que domina esse mercado hoje, e em 2024 temos que ficar de olho para o que as outras montadoras, hoje para trás nesse segmento, vão trazer.
Fórmula 1
Falando em carros, quem recuperou-se há alguns anos foi a Fórmula 1. A franquia voltou a crescer, emplacou uma bela série na Netflix e, em 2023, apostou em uma nova estratégia de marketing. Os influencers digitais, principalmente do YouTube. Estratégia que hoje já é usada por praticamente todo mundo, chegou também na F1. Apostando nisso, eles levaram produtores para os principais GP’s do ano, bombardeando o YouTube de vídeos que dão muita vontade de ir a um grande prêmio, mesmo para quem não é fã da franquia.
Isso abre a porta para a tendência que falei no primeiro ponto que é a forma com que iremos consumir esportes daqui para frente. O boom do Casimiro, que se propõe a transmitir jogos de uma forma diferente, cheio de intervenções e muitas pessoas falando ao mesmo tempo, já mudou um pouco essa forma. Agora, com o avanço das tecnologias, temos que ficar de olho em como as pessoas irão consumir esportes daqui para frente. E, ainda, como que os anunciantes vão surfar essa onda.
Multimodal AI
Se você quiser estudar somente um conceito sobre inteligência artificial, aposte nesse. Esse é o tema para se apostar em 2024, onde grande parte dos esforços irão se concentrar. Resumidamente, o que é isso?
A IA multimodal refere-se a sistemas de inteligência artificial que podem entender, interpretar e gerar informações a partir de múltiplos modos ou tipos de entrada de dados. Esses modos podem incluir texto, imagens, áudio, vídeo e outros dados sensoriais. O termo "multimodal" essencialmente significa "muitos modos" e, no contexto da IA, implica a capacidade de processar e correlacionar informações de diferentes entradas sensoriais e de dados.
Integração de Múltiplos Tipos de Dados: Ao contrário dos sistemas tradicionais de IA que podem processar apenas texto ou imagens, a IA multimodal pode integrar e analisar dados de várias fontes simultaneamente. Por exemplo, ela pode entender melhor um cenário combinando dados visuais de imagens ou vídeos com dados textuais.
Compreensão e Interação Aprimoradas: Ao processar múltiplos tipos de dados, a IA multimodal pode alcançar um entendimento mais abrangente de cenários complexos. Isso é particularmente útil em tarefas como análise de sentimentos, onde a combinação de pistas textuais, auditivas e visuais pode fornecer uma avaliação mais precisa do estado emocional de uma pessoa.
Aplicação em Campos Diversos: A IA multimodal encontra aplicações em diversos domínios, como veículos autônomos (processando dados visuais, auditivos e de sensores), saúde (analisando imagens médicas e relatórios textuais), assistentes virtuais (entendendo comandos de voz e pistas visuais) e mais.
Complexidade e Desafios: Desenvolver sistemas de IA multimodal é desafiador devido à necessidade de integrar e interpretar efetivamente dados de diferentes fontes. Requer algoritmos avançados e modelos capazes de lidar com a diversidade e complexidade dos dados.
Futuro da IA: A IA multimodal representa um passo significativo em direção a sistemas de IA mais avançados e semelhantes aos humanos. Ela permite que as máquinas interajam com o mundo de uma maneira mais semelhante à forma como os humanos fazem, usando múltiplos sentidos e tipos de entendimento.
Em resumo, a IA multimodal é sobre criar sistemas de IA mais versáteis e capazes que podem entender o mundo através de múltiplas formas de dados, muito parecido com a forma como os humanos usam seus sentidos para compreender e interagir com o seu ambiente.
Índia
Todos dados de crescimento, em todos os aspectos possíveis e imaginários trazem números impressionantes da Índia.
Em 2023, ela se tornou o país mais populoso do mundo.
Em 2024, esse crescimento populacional se refletirá em termos econômicos.
A transição é dupla: a Índia está investindo em infraestrutura e atraindo investimentos estrangeiros, enquanto a China está investindo em porta-aviões e voltando seu olhar para dentro, para lidar com o desemprego juvenil e setores em colapso. Uma evidência da transferência de bastão: a Apple está mudando agressivamente a produção do iPhone para lá.
Alguns fatores importantes:
- A Índia tem usado tecnologia para transformar sua economia, impulsionando sua capacidade de crescer mais rápido do que outras grandes economias. O uso de tecnologia também teve um impacto positivo na sociedade e ajudou a reduzir as emissões.
- Tecnologia transformou o funcionamento dos mercados de capitais e as oportunidades que eles oferecem.
- No setor bancário, a identidade biométrica Aadhaar permitiu a abertura de mais de 470 milhões de contas bancárias entre 2011 e 2017, reduzindo a desigualdade de acesso.
- A adoção do Unified Payment Interface (UPI) desde 2016 ajudou a Índia a liderar o volume de pagamentos digitais no mundo.
- A GST (Goods and Services Tax) e sistemas como FasTag melhoraram a logística e o transporte, tornando a Índia um único mercado e reduzindo emissões.
- Melhorias significativas na infraestrutura rodoviária e ferroviária estão sendo feitas, utilizando tecnologia para superar desafios geográficos.
- Mudanças tecnológicas estão influenciando os mercados de capitais, com um aumento no número de investidores de varejo e adoção de negociações online.
- A Índia produziu 108 unicórnios com uma avaliação combinada de mais de US$ 354 bilhões, refletindo um ecossistema vibrante de startups.
- O mercado de ações se beneficiou de reavaliações e novas listagens, com uma ampla gama de opções de investimento.
- Apesar da volatilidade, o mercado de ações indiano tem oferecido retornos superiores a longo prazo, apresentando uma boa oportunidade para investidores ativos.
Isso vem fazendo com que diversos gestores pelo mundo aumentaram sua exposição a empresas Indianas.
Futuro do Twitter
O futuro do Twitter é incerto. Por mais que a rede venha mostrando, por intermédio de Elon Musk e Linda Yaccarino, um crescimento expressivo em número de usuários e tempo gasto na plataforma, o mercado continua cético sobre o futuro da rede social.
O estilo de gestão que Elon Musk adotou na empresa, inicialmente cortando 80% dos funcionários e, ao longo do trajeto, servindo de hobby para que o próprio Elon colocasse algumas vontades dele em prática, acabou espantando algumas pessoas da plataforma.
O futuro é incerto e, definitivamente, vale a pena observar.
Eleição Americana
Isso não é um blog de política, mas, sem dúvida, será o tema para 2024!
Streaming merge
O Stream acabou com a TV a cabo. Em 2023 os serviços se multiplicaram. Além disso, incorporaram programas ao vivo, transmissão de esportes, dentre outros. Mas com isso, hoje para acompanhar um simples campeonato brasileiro e uma libertadores, você precisa assinar 2 ou 3 serviços diferentes, por exemplo.
A aposta agora é na fusão de alguns destes serviços, como já estamos vendo desde o fim de 2023. Já falei em outra edição sobre a guerra do stream e como o alto custo para se manter estrutura, ter produções próprias, comprar direitos de transmissão e etc podem ser os fatores que vão guiar essa guerra.
Agora com umas doses pimenta como a greve dos roteiristas e transmissão por outras plataformas como YouTube e Twitch, devemos ver esse movimento acelerar em 2024.
TikTok boom
A exemplo do que falei acima sobre a “entrada” do YouTube em uma competição com serviços, teoricamente, de outra categoria, outras formas de entretenimento competem cada vez mais entre si.
E o boom do TikTok não incomoda somente ao Instagram e Snapchat. Dados como esse abaixo passam a incomodar, e muito, plataformas de stream, vídeo e música também.
A empresa chinesa TikTok foi plataforma mais ascendente da história até o lançamento da OpenAI. Ela é a principal janela do jovem ocidental para o mundo. A aposta é que 2024 será o ano que veremos o TikTok tomar parte do mercado dos serviços de streaming.
Espero que tenham curtido! Compartilhem com aquele amigo que estava de férias e não teve tempo de preparar a pauta para reunião amanhã, pois com esse resumão aqui, ninguém vai ficar sem ter o que falar em 2024!